Peixe Cru, arroz papa enrolado com algas, cogumelos...
Ingredientes que até assustam quem ainda não experimentou a comida japonesa. Mas que dão água na boca para quem já se viciou na culinária oriental.
É, posso dizer que sou uma dessas viciadas.
“Que tal comer um japinha?” Essa tem sido uma das minhas frases preferidas...
Mas nem sempre foi assim. A primeira vez que experimentei um sushi, não consegui engolir. Ok, não era o melhor lugar para me iniciar nesta “arte culinária”. Eu estava em uma churrascaria.
Durante um período trabalhei com produção de espetáculos teatrais. Como forma de permuta (troca de refeições por publicidade), os atores eram levados para almoçar ou jantar em restaurantes bem conceituados e caros de Santos. Entre eles, um japonês tradicional.
Mas por causa da experiência anterior, eu nem me dava a chance de mudar o conceito pré concebido e totalmente errôneo. Ficava só na batata doce e camarão frito. Pode?
Até que durante uma viagem de trabalho resolvi acompanhar os colegas num festival e... não é que mudei os meus conceitos?!? A partir daí, elegi restaurantes japoneses como os melhores locais para comemorar datas especiais. Aniversários, dia dos namorados... foi assim nos últimos anos... Agora este “vício gastronômico” me consome ainda mais. Qualquer encontro com amigos é desculpa para me encher de sushis e sashimis...
E parece que não sou só eu. Modinha ou não...QUASE todas as pessoas que eu conheço compartilham o mesmo gosto.
Só em Santos (onde moro), há pelo menos uns 20 restaurantes e temakerias espalhados pela cidade. Meu marido e eu vamos cada hora em um. E já temos um esquema de avaliação dos festivais: sabor, variedade e atendimento. (só não vamos mais vezes, porque ainda pesa no bolso. Uma ida ao “japa” por aqui custa de 45 a 80 reais).
O legal é ver amigos, que juravam de pé junto não engolir- literalmente- estas opções orientais, mudarem de opinião.
Há 2 semanas, fomos com um grupo em um festival. O senhor e a senhora Regis, que mantém este blog, faziam parte dele. E o jovem senhor em questão, que não gostava de japa, comeu alguns dos pratos. Comeu bem até, ou estou enganada?!?
Basta agora repetir a experiência e ver se o paladar aceitou bem o “novo sabor”.
Não sei como é servida a comida no Japão, mas uma amiga que morou alguns anos na “terra do sol nascente” diz que em nosso país a criatividade impera. Ela ainda se assusta ao ver os sushis abrasileirados...com pedaços de morango e manga.
Shimeji, tempurá, gyoza, Teriyaki, uramaki, niguiri...
Não conheço bem os nomes de cada prato, mas não creio que isso seja importante. Aprecio o sabor e sei manipular bem o hashi (os pauzinhos)... Não é por aí mesmo?
Se você ainda não se rendeu a estas delícias orientais, dá uma olhada no que dizem os nutricionistas:
o gengibre e a raiz forte são anti bactericidas e ajudam na digestão;
o shitake (cogumelo) estimula a defesa imunológica;
o sashimi ( peixe cru fatiado) tem baixa caloria- cerca de 20 cal/unidade). Contribui para diminuir o nível de colesterol no sangue, além de ser uma excelente fonte de proteínas...
Bom, vou parar por aqui... a comida japonesa, sem excessos, é leve e faz bem à saúde.
Pronto. Agora deu vontade. E aí, vamos comer um “japinha”?
Vanessa Medeiros