terça-feira, 26 de julho de 2011

Por que?

Por que quando duas pessoas namoram a algum tempo todas as outras vivem perguntando: Quando vocês vão casar? E depois que casam, logo após a lua de mel, já perguntam: E o bebê, vem quando?
Dá uma vontade de responder bem sarcásticamente: Casar?Não, eu só estou usando ele?  E para o Filho: Bebê?Só se for com quatro pedras de gelo por favor!
 O que as pessoas precisam entender é que o mundo mudou. As coisas não são mais como eram antigamente – nossa, nunca ahei que fosse falar isso, tô ficando velha .
Quando eu era pequena, lá pelos 10 anos eu fazia planos para a minha vida. Eu me lembro muito bem que eu dizia que ia me formar na faculdade com 20 anos, com 22 estaria em um ótimo emprego, ganhando muito bem, iria casar com 24 anos, em três anos iria conhecer o mundo viajando, e ter o meu primeiro filho com 27.  
Agora eu pergunto: Quem, hoje em dia consegue fazer isso? É praticamente impossível. Primeiro, você até sai da faculdade com 20 anos, mas até arrumar um emprego onde você consiga se sustentar vai demorar mais uns quatro e você vai precisar trabalhar tanto que não dará tempo de sair para conhecer novas pessoas - inclusive o seu futuro namorado – e aí, quando você começa a ganhar bem, nada mais justo do que gastar o seu dinheiro com você - baladas, roupas, viagens, enfim, tudo que um jovem necessita hoje em dia para ser feliz. Até encontar a “pessoa certa pra casar” vai demorar um pouco.
Depois que arrumou o namorado, precisa conhecê-lo melhor e isso demanda tempo e dinheiro, pois você não vai ficar em casa vendo TV todos os dias do final de semana. Tem que sair, ir para bares, baladas, apresentar para os seus amigos, conhecer os amigos dele, viajar, dormir junto, acordar junto, enfim...conhecer de todos os lados, para só depois casar.
Casou! Agora é a hora de...pagar as dívidas – que cá entre nós, são imensas – e se divertir a dois na sua própria casa. Literalmente Brincar de Casinha, pois é no dia a dia, na rotina que você vai conhecer de verdade a pessoa. Depois de passado o sufoco financeiro é a hora de conhecer o mundo. Viajar para todos os lugares possíveis desde Maresias até a Noruega. Aproveitar agora que os dois estão trabalhando e  ganhando dinheiro para fazer coisas que depois será bem difícil fazer.
E depois, muito tempo depois,  ter um filho!!!
Se eu tivesse que responder agora se eu quero ter um filho a resposta seria ...NÃO! Eu ainda estou na fase de brincar de casinha, de viajar, conhecer o mundo, ganhar dinheiro.
Confesso que as vezes me dá uma vontade__zinha de ter um bebê. Dai, eu pego minha sobrinha linda e os meus alunos lindos e dou um “cheirinho”, um “apertinho” e uma “agarradinha” e a vontade logo passa.
Pode parecer egoísmo da minha parte, mas hoje eu só quero pensar em mim e no meu marido!
Maria Fernanda Garcia

domingo, 24 de julho de 2011

Alô Capitão, é a Fernanda!

Nada melhor do que viajar....
Conhecer lugares novos, pessoas diferentes, sua cultura, comidas típicas... e sempre dar muitas risadas! Tudo que vivemos nos traz boas recordações, fotos também ajudam, mas são os momentos engraçados que ficam na memória, e sempre que recordamos da viagem são deles que lembramos primeiro. Essa minha trip foi repleta desses “momentos”, desde o taxi em direção ao aeroporto até a carona que pegamos para a nossa casa. Vou contar aqui alguns.
Sei que esse texto estará cheio de “piadinhas internas”, mas tentarei contar da melhor forma possível, para que seja engraçado como foi no momento em que aconteceram,  pois posso lhe assegurar que foram realmente muito divertidas.
O interessante de viajar para países que falam uma língua parecida com a sua são as palavras iguais, mas com significados completamente diferentes que nos fizeram rir muito. Um exemplo disso foi ao preencher o papel da alfândega ou melhor ADUANA no avião mesmo, antes de descer em Santiago – onde você tem que colocar o 1º APELIDO, 2º APELIDO e NOMBRE, o que deve ter de gente que escreve: Zézinho e Zelão... Sem contar no sotaque, que parece que estão sempre fazendo aquela brincadeira: pãn-pãrãrãn-pãn, pãn, pãn! Só rindo mesmo.
Assim que chegamos no hotel, guardamos as nossas malas e logo saímos andando pelo centro da cidade, lugar este que está repleto de história e museus. Confesso que a minha primeira impressão não foi boa. Só tinha gente feia, e pessoas com canecas cheias de moedas, balançando e pedindo esmolas, um cheiro de xixi. Numa análise rápida e momentânea pensei: - Que lugar horrível, só tem mendigos! E depois de um tempo andando percebi que não é bem por aí. Primeiro: era domingo, portanto todas as lojas estavam fechadas e as pessoas também estavam usando roupas que as deixassem mais a vontade, sabe aquela blusa velha e bem quente que você tem que só usa em casa porque ela é bem feia? Eles usam para sair também, porque faz muuuuito frio. E a barba por fazer? Proteje o rosto do vento gelado. E o cabelo ensebado? Experimente ficar um dia inteiro de gorro e tire no final do dia. Vai parecer que você mergulhou de cabeça dentro de um pote de manteiga. Bom, retiro o que disse, tudo é realmente muito bonito.
Essa viagem foi realmemte inesquecível, pois fiz as duas coisas mais chiques da minha vida, a primeira foi esquiar, não preciso entrar em detalhes que quase quebrei a minha perna e que derrubei três pessoas na pista ao perder o controle e descer a montanha “a milhão”, agachada, arrastando o cabelo na neve e gritando: socorro, help-me, ayuda, sai da frente, fudeu... Sim, aconteceu mesmo, por isso parei antes que tivéssemos que recorrer a assistência médica. Nós fizemos aulas, mas desde o início eu percebi que não iria me dar muito bem, diferente do meu marido, que segundo ele, nasceu para esquiar.  Aprendemos coisas básicas como parar, virar para a direita e virar para a esquerda, e em todos os movimentos eu sempre acabava no mesmo lugar... virando para a esquerda, péssima! Até me enfiei na neve, pois foi para a esquerda que fui parar, e lá tinha um montinho de neve. Apesar de não ter conseguido esquiar muito bem, me diverti horrores, é muito bom, bonito (nunca tinha visto a neve) e engraçado, principalmente ver os tombos alheios.
E a outra coisa muito chique e também inesperada – não estava programado – foi ter comido confit de canard. O que é isso? Também não sabia até comer e descobri que nasci pra comer isso, rsrsr. É uma perna de pato preparada de uma forma diferente, e digo aqui, muito boa, todos deveriam comê-la um dia.
Outra experiência gastronômica e também muito boa foi comer uma centolla, que é um caranguejo gigante, pescado em água geladas e profundas do Oceano Pacífico, na Patagônia argentina. O sabor fica entre o carangueijo comum e a lagosta. Comemos um tão grande que ele até tinha nome, Chico – Os pratos são servido em três tamanhos o chico, medio e grande!
Além de rir muito, outra coisa que fizemos muito foi andar no super frio. Andamos tanto que teve um dia, que ao tirar a bota, a minha meia estava com sangue, e o Cássio disse: - Nossa, acho que congelou o seu pé e você quebrou o dedo e nem percebeu!
Dizem que o melhor da viajar é voltar pra casa, eu já digo o seguinte: que o melhor de viajar é ter mais dinheiro pra poder ficar mais tempo, ou melhor ainda, o melhor de viajar é perceber o quanto é gostoso e o quanto eu tenho que economizar para poder fazer outra, melhor ainda. Porque eu quero sempre mais!
Maria Fernanda Garcia

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Enfim, Férias!!!

Até que enfim chegou o dia!
Podem falar que vida de professor é fácil, que tem três férias por ano e blá, blá, blá, mas só estando lá, com crianças, brincando e pulando para ver e sentir que realmente precisamos de férias, sempre!  Não são só os professores que necessitam dela, as crianças também precisam desse “tempo”. Elas não aguentam mais a gente, nós não aguentamos mais elas e elas também não se aguentam mais, é a famosa “crise” na relação, e a única solução para esse problema é ela, as famosas e sonhadas, FÉRIAS!
Acordar mais tarde e sem despertador, ficar o dia inteiro de pijama, comer besteira, ir na academia todo dia, assistir um filme seguido do outro, almoçar fora com as amigas pra botar o papo em dia sem ter hora pra voltar, arrumar todos os armários, visitar pessoas que nunca visitamos por falta de tempo, não ter horário para nada, fazer um pic nic (acho que forcei a barra agora), e o melhor de tudo, viajar!!!
Só de pensar eu já fico feliz..
A minha viagem já está marcada e as minhas malas já estão prontas. Estou curtindo cada momento que antecede a minha partida – ou melhor, nossa, meu marido também vai. Pesquisei em todos os sites da internet, revistas e guias turísticos, comprei mapas da cidade, conversei com diversas pessoas que já foram pra lá. As coisas estão tão animadas que já fizemos um pequeno itinerário para não perdermos tempo e sim otimizá-lo, pois uma semana passa rápido e queremos conhecer diversos lugares. Tudo pronto, agora só nos resta esperar...
Quando voltar, tenho vários planos, e espero conseguir fazer tudo. Sei que metade deles eu não vou conseguir cumprir, pois tenho a difícil tarefa de ficar deliciosamente encostada no  meu sofá, somente descansando, “lagarteando”...ai, ai, ai....
la.gar.te.ar
(lagarto+ear) vint Pôr-se ao sol, como lagarto, para aquecer-se. 2 Tomar (a montaria) o andar lagarteado, também chamado andadura.  Ou seja, a arte de não fazer nada, descansar, desencanar. Esse é o verbo da vez. 
As minhas férias só seriam perfeitas se meu maridão pudesse passar todos os dias ao meu lado, como num final de semana prolongado, onde não temos hora pra nada, levantamos da cama e vamos diretamente para o...sofá, saímos do sofá e caímos no...tapete, tomamos café da manhã com panqueca feita na hora no solzinho da nossa sacada...mas, como dizem por ai, alguém tem que trabalhar não é mesmo!
Trinta dias passam rápido demais, mas são o suficiente para renovar as energias para voltar com “pique” total no mês de agosto. O segundo semestre promete. Tenho tantas coisas pra fazer e outras tantas para pensar...peraí, olha eu aqui pensando longe, muito longe, querendo sofrer por antecipação, Pára! Sei que em meados de novembro estarei, de novo contando os dias para as minhas próximas férias, mas isso é assunto pra outra hora!
Agora é hora de ... Lagartear!!!
Maria Fernanda Garcia

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Convite

Recebi um convite que dizia o seguinte: Parabéns! Você foi promovida a madrinha!
Que honra!  Pela terceira vez na minha vida vou ser madrinha de casamento. Todas as vezes foram muito especiais. Pessoas especiais. Mas dessa...é diferente!
Na primeira vez, foi do meu irmão e da minha cunhada. Amo eles demais e foi muito gratificante poder estar ali, bem próximo deles no momento mais feliz de suas vidas. Foi muito emociante, afinal era o meu irmão, sangue do meu sangue. A cerimônia foi linda e todos, eu digo, todos mesmo estavam muito emocionados. Acho que foi o casamento mais bonito que já fui, acho não, tenho certeza! Estava tudo perfeito. E eu pude ver tudo de muito pertinho!
Da segunda vez, foi com amigos muito especiais, D.. e V... Eles são o máximo – também foram padrinhos do meu casamento – portanto não preciso dizer que são mais que especiais. Sabe aqueles amigos que você tem, que pode ficar um século sem se falar ou se encontrar e quando encontra parece que você os viu ontem? É esse o caso. Eles moram em outra cidade, e fica bem difícil de nos encontrar, mas o meu coração e minha torcida estão sempre lá com eles, e o melhor, eles sabem disso!
Agora desse vez é diferente das outras. São amigos que estão conosco em todos os lugares e momentos. Nos vemos quase todos os finais de semana e por incrível que pareça, temos sempre assunto para nossas conversas e risadas. Eu me identifico tanto com eles que todos nos perguntam se eu “Ela” somos irmãs! E não é que parece mesmo! Até nossos pais nos confundem...
Acompanhei parte do namoro deles, que por sinal é, ou melhor, foi imenso, pois agora eles são noivos. E o dia em que eles ficaram noivos eu estava lá. Foi lindo. Ano Novo 2009 para 2010, estavamos no MSC Orchestra, em frente a praia de Copacabana e bem na virada, quando os fogos estavam no ápice e todos os navios que estavam atracados estavam buzinando, “Ele” ajoelha e mostra alianças para “Ela” e a pede em casamento. Um detalhe, as alianças eram minhas - minha e do meu marido. Mas o que importa foi o momento, que acredito ter sido o mais feliz de suas vidas.
Nossos momentos são tão descomplicados e animados. Descomplicado...é essa a palavra que define nossa relação. Tudo é muito simples, desembaraçado e sem complicação. Somos amigos e como todo amigo está junto em todos os momentos, sejam eles bons ou ruins. E boa parte deles foram bons e espero que assim continue.
Como diz no convite: As atribuições deste cargo é aconselhar, orar, abençoar, apartar, ajudar, presentear, acompanhar, passear, abraçar, incentivar, cuidar, alegar e acima de tudo amar!
B... e D...., amo vocês!!!
Maria Fernanda Garcia

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Mudança de nome...rs

Oi pessoal, mudei o nome do meu blog!!! Nem eu estava conseguindo falar o nome de antes...
Tous les mardis -  Lindo, porém muito dificil de pronunciar! rs.
Mas o significado e conteúdo são os mesmos. rs
Beijos

Como passa rápido...

Já estamos em julho!!!
Nossa, e ontem ainda era janeiro, estávamos todos festejando mais um ano que entrava, todos de branco, pulando sete ondas, estourando champanhe na praia, beijando, abraçando os amigos e parentes, comendo lentilha, romã, bacalhau e pra não ficar de fora, promessas sendo feitas e 365 para cumprí-las e de repente já estamos em junho? Parece até mentira, e eu ainda não consegui colocar em prática nenhuma das minhas promessas.
Promessas essas que não são nem um pouco originais. Emagrecer – SEMPRE!, fazer mais exercício – na verdade, correr 10 k - , trabalhar menos, ganhar mais, comer mais fruta, gostar de camarão, gastar menos e “namorar” todo dia!!! Parece clichê, mais aposto que estas eram as promessas de mais da metade das pessoas que conheço.
A desculpa de todos, inclusive a minha é sempre a mesma: falta de tempo! Ah o tempo!!! O tempo é algo tão implacável que faz com que apreciemos menos as tarefas rotineiras e deixemos de prestar atenção nos pequenos detalhes e o principal, deixamos de prestar atenção em nós mesmos. Os mais experientes dizem que o “tempo”, é uma questão de prioridade e organização.  E não é que eles estão com toda razão, pois sempre achamos tempo para fazer o que queremos não é mesmo? Um happy hour com os amigos, uma fugidinha durante o almoço, uma dormidnha até mais tarde. E porque não achamos tempo para outras coisas que sabemos que são importantes?
Pensando em tudo isso decidi: As minha promessas valem a pena sim,  por isso vou começar a colocar em prática, todas, até o começo de um Novo Ano. Começando pelas frutas. Hoje fui a feira e comprei diversas frutas, legumes e verduras, assim posso tentar cumprir duas promessas de uma vez só, se bem que emagrecer é uma daquelas promessas que sempre estarão na minha lista, por mais magra que eu esteja, eu quero sempre mais.
Trabalhar menos e ganhar mais não me parece uma matemática muito certa, mas segundo meu marido, -  Você precisa fazer o seu dinheiro trabalhar por você! Ótimo, só quero ver meu dinheiro vestindo um collant de ballet dando aulas...Na verdade, investimentos...essa é a palavra chave – dele – e agora minha também.
Agora correr é um problema, não consigo, não quero e não vou. Acho muito legal quem consegue, confesso que sinto até um pouquinho de inveja – no bom sentido, mas inveja.  Até comprei o chip da Nike que você pode sincronizar com o Ipod e com o site da Nike. Neste site é possível você estabelecer metas, se desafiar, desafiar as pessoas pra ver quem corre mais em um ano, quem gasta mais calorias, enfim, até desafiei a minha prima. No começo eu estava arrebentando, mas com o passar do tempo perdi o interesse e ela deve estar muuuito na minha frente, pois não sincronizo faz muito tempo. Resolvi voltar para o Ballet, acho que é mais a minha praia.
Outra coisa que também não desce é camarão, já tentei comê-lo de várias formas, frito, cozido, assado, na moranga, mas o cheiro dele me faz passar mal, argh! Só de lembrar “me embrulhou” o estômago. Acho que posso ser perdoada por isso né.
Essas promessas de Ano Novo são aquelas que farão nosso estilo de vida melhorar, e com isso ganharmos mais qualidade de vida, por esse motivo, acho que devemos sim nos esforçar, nem que seja um pouquinho para colocá-las em prática, nem que seja por alguns dias, meses e quem sabe durante todo o ano. Confesso que estou gostando das minhas escolhas!
Agora o “namorar”....;) Sem comentários!!!
Maria Fernanda Garcia

Atualizando tudo....

Sei que o nome do Blog é "Toda terça" e sei também que os novos textos deveriam ser inseridos "toda terça", mas tenho uma porção deles aqui, textos antigos que preciso postar, por isso, essa semana vou colocar um por dia até atualizar tudo ok!? Depois, volto com a idéa de postar "Tous Les Mardis"...
Obrigada

terça-feira, 19 de julho de 2011

Bem que eu tentei!

Quer coisa mais IN do que não ter carro?
Essa idéia não sai da minha cabeça! A tranqüilidade de ir e vir descansando após um dia de trabalho, de chegar aos lugares e simplesmente entrar, ao invés de ficar horas procurando um local para estacionar o meu carro, ou pior, pagar uma fortuna para estacioná-lo. Uma verdadeira vida de dondoca.
Eu nem o utilizo tanto assim. Fiz as contas e o gasto que tenho com ele é grande com relação ao uso, pois sou uma felizarda, trabalho muito perto da minha casa.
E tem também a questão ambiental, um carro a menos na rua iria ajudar um pouco. O ar que respiramos esta cada vez mais poluído e assim faria a minha parte, contribuindo para uma cidade melhor.
Mas, antes de vendê-lo, resolvi fazer um teste. Um mês sem usar o carro, mas sem perder o meu conforto, andar de taxi e não deixar de fazer nada que preciso e quero fazer, somente utilizando taxi. Desafio lançado, vamos lá!!!
A primeira semana foi uma maravilha, os dias estavam quentes, muitos dos trajetos, eu fiz a pé, mesmo tendo que escalar algumas ruas, de tão íngremes. Os outros fiz de taxi. Ponto positivo!
Na semana seguinte, as coisas estavam indo bem até eu pegar uma carona com uma amiga minha, a noite, que me deixou a mais ou menos quatro quarteirões de casa, e foi aí que os meus problemas começaram. Para andar a pé pelas ruas da cidade durante a noite, necessitamos do mínimo de iluminação, coisa que não acontece aqui no meu bairro, tem trechos que é um verdadeiro breu, me deixando muito aflita, acelerando os passos para passar e o coração a milhão, até que - um tropeção - não basta estar escuro, tem que ter buraco na calcada também?!? Sem contar que aqui, não é nenhuma Suíça!!! Ponto negativo!
Mas o tormento e a desilusão começaram na semana seguinte. Terça feira estava muito frio, e um vento gelaaaado batendo no rosto, e na volta não tinha taxi no ponto, tive que vir andando um pouquinho até que achei um, entrei e voltei pra casa. Na quarta feira, liguei em todos os pontos de taxi que tem perto do meu trabalho e nada, tive que esperar, e eu odeio esperar!!! Agora o caos foi na quinta feira, bastou chover para ver que não da para abrir mão do conforto do meu carro. Você já andou a pé na garoa, com guarda chuva? Pois é, no início até que é tranqüilo, mas quando você menos espera está com a calça molhada, até o joelho!!! E os buracos na calçada, que nessa hora pareciam piscina, que se não desviasse, atolaria o meu pé inteiro, e o guarda chuva que enrosca em tudo – árvore não passa entre o poste e muro - os carros que passam rápido e te molham inteira e o frio!!! Uma droga!!! Pra completar, a noite tinha um curso para ir e fiquei mais de 30 minutos ligando para os pontos de taxi que tem perto de casa e nada, conclusão, perdi a hora e não fui ao curso.
Não passou nem um mês inteiro e já desisti do meu teste, sou uma fraca!
Gostaria muito que tivesse dado certo, mas para isso acontecer, muita coisa tem que melhorar. Desde transporte publico – mais taxis, mais ônibus, metrô, trêm e blá, blá, blá - que todos sabemos, manutenção das calcadas, escoamento da água da chuva, iluminação pública, e tantas outras coisas fariam a diferença.
Andar de bicicleta não deu certo, moro numa ladeira, e para chegar à esquina, já estou suando. Chegar ao trabalho às 8 horas fedendo não dá!
Talvez se eu trabalhasse todos os dias no mesmo lugar e horário, desse certo. Tenho os horários bem diversificados, trabalho em três lugares diferentes, com horários e atividades distintas, e não trabalho na sexta feira (delícia!!!), o que prejudica ainda mais a minha missão. Deixo tudo para fazer neste dia, que passa a ser o mais corrido de todos, e o que mais ando de carro. Se tivesse que fazer tudo que faço de taxi, gastaria uma fortuna!
Me rendi, desta vez, o que não significa que desisti! Ainda vou arrumar um jeito de me transformar numa pessoa IN, uma dondoca!

Maria Fernanda Garcia