domingo, 24 de julho de 2011

Alô Capitão, é a Fernanda!

Nada melhor do que viajar....
Conhecer lugares novos, pessoas diferentes, sua cultura, comidas típicas... e sempre dar muitas risadas! Tudo que vivemos nos traz boas recordações, fotos também ajudam, mas são os momentos engraçados que ficam na memória, e sempre que recordamos da viagem são deles que lembramos primeiro. Essa minha trip foi repleta desses “momentos”, desde o taxi em direção ao aeroporto até a carona que pegamos para a nossa casa. Vou contar aqui alguns.
Sei que esse texto estará cheio de “piadinhas internas”, mas tentarei contar da melhor forma possível, para que seja engraçado como foi no momento em que aconteceram,  pois posso lhe assegurar que foram realmente muito divertidas.
O interessante de viajar para países que falam uma língua parecida com a sua são as palavras iguais, mas com significados completamente diferentes que nos fizeram rir muito. Um exemplo disso foi ao preencher o papel da alfândega ou melhor ADUANA no avião mesmo, antes de descer em Santiago – onde você tem que colocar o 1º APELIDO, 2º APELIDO e NOMBRE, o que deve ter de gente que escreve: Zézinho e Zelão... Sem contar no sotaque, que parece que estão sempre fazendo aquela brincadeira: pãn-pãrãrãn-pãn, pãn, pãn! Só rindo mesmo.
Assim que chegamos no hotel, guardamos as nossas malas e logo saímos andando pelo centro da cidade, lugar este que está repleto de história e museus. Confesso que a minha primeira impressão não foi boa. Só tinha gente feia, e pessoas com canecas cheias de moedas, balançando e pedindo esmolas, um cheiro de xixi. Numa análise rápida e momentânea pensei: - Que lugar horrível, só tem mendigos! E depois de um tempo andando percebi que não é bem por aí. Primeiro: era domingo, portanto todas as lojas estavam fechadas e as pessoas também estavam usando roupas que as deixassem mais a vontade, sabe aquela blusa velha e bem quente que você tem que só usa em casa porque ela é bem feia? Eles usam para sair também, porque faz muuuuito frio. E a barba por fazer? Proteje o rosto do vento gelado. E o cabelo ensebado? Experimente ficar um dia inteiro de gorro e tire no final do dia. Vai parecer que você mergulhou de cabeça dentro de um pote de manteiga. Bom, retiro o que disse, tudo é realmente muito bonito.
Essa viagem foi realmemte inesquecível, pois fiz as duas coisas mais chiques da minha vida, a primeira foi esquiar, não preciso entrar em detalhes que quase quebrei a minha perna e que derrubei três pessoas na pista ao perder o controle e descer a montanha “a milhão”, agachada, arrastando o cabelo na neve e gritando: socorro, help-me, ayuda, sai da frente, fudeu... Sim, aconteceu mesmo, por isso parei antes que tivéssemos que recorrer a assistência médica. Nós fizemos aulas, mas desde o início eu percebi que não iria me dar muito bem, diferente do meu marido, que segundo ele, nasceu para esquiar.  Aprendemos coisas básicas como parar, virar para a direita e virar para a esquerda, e em todos os movimentos eu sempre acabava no mesmo lugar... virando para a esquerda, péssima! Até me enfiei na neve, pois foi para a esquerda que fui parar, e lá tinha um montinho de neve. Apesar de não ter conseguido esquiar muito bem, me diverti horrores, é muito bom, bonito (nunca tinha visto a neve) e engraçado, principalmente ver os tombos alheios.
E a outra coisa muito chique e também inesperada – não estava programado – foi ter comido confit de canard. O que é isso? Também não sabia até comer e descobri que nasci pra comer isso, rsrsr. É uma perna de pato preparada de uma forma diferente, e digo aqui, muito boa, todos deveriam comê-la um dia.
Outra experiência gastronômica e também muito boa foi comer uma centolla, que é um caranguejo gigante, pescado em água geladas e profundas do Oceano Pacífico, na Patagônia argentina. O sabor fica entre o carangueijo comum e a lagosta. Comemos um tão grande que ele até tinha nome, Chico – Os pratos são servido em três tamanhos o chico, medio e grande!
Além de rir muito, outra coisa que fizemos muito foi andar no super frio. Andamos tanto que teve um dia, que ao tirar a bota, a minha meia estava com sangue, e o Cássio disse: - Nossa, acho que congelou o seu pé e você quebrou o dedo e nem percebeu!
Dizem que o melhor da viajar é voltar pra casa, eu já digo o seguinte: que o melhor de viajar é ter mais dinheiro pra poder ficar mais tempo, ou melhor ainda, o melhor de viajar é perceber o quanto é gostoso e o quanto eu tenho que economizar para poder fazer outra, melhor ainda. Porque eu quero sempre mais!
Maria Fernanda Garcia

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