terça-feira, 19 de outubro de 2021

Aprender a Fazer

 “ É fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer” Aristóteles

Fui buscar a Clarice na natação e ela estava meio triste, o que me pareceu estranho já que ela ama fazer esportes e ama nadar. Conversando, ela disse que não estava conseguindo virar cambalhota e que precisava aprender até o final do ano para o “Festival de Natação”. Ela pediu que eu a ajudasse, já que quando ainda estava na faculdade, fui professora de natação. Marcamos o dia e descemos para treinar.


Entre um mergulho e outro ela disse que estava com muito medo. Medo de entrar água no nariz, medo de ficar desnorteada embaixo d'água, medo, muito medo. “A ideia de que algo ou alguma coisa possa ameaçar a segurança ou a vida de alguém, faz com que o cérebro ative, involuntariamente, uma série de compostos químicos que provocam reações. Isso é o que caracteriza o medo”

Entendi e acolhi seus sentimentos e em resposta disse que ela não precisava aprender a cambalhota se ela não quisesse. E expliquei que esse é o tipo de coisa que a gente só  aprende a fazer, fazendo, treinando, praticando. Eu podia ficar horas ali dizendo teorias e tentando convencê-la, mas o resultado só virá quando ela conseguir relaxar, “deixar acontecer” e principalmente: se divertir. Ai sim ela será capaz de fazer o que quiser. Estou ao lado dela, mas só depende dela. 

Pode ser que essa cambalhota não aconteça esse ano e tudo bem! Passamos uma tarde deliciosa de brincadeiras, mergulhos, leveza e muita, mas muita água no ouvido.

Texto Maria Fernanda Garcia


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